quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O SUSTENTAR DA EDUCAÇÃO

Educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas
e pessoas transformam o mundo.”
Paulo Freire
Gustavo Ferreira da Costa Lima, procura identificar e mapear as principais concepções éticas, políticas e pedagógicas que orientavam as propostas de educação ambiental. Seu trabalho visa discutir a relação entre a educação, a sustentabilidade e a democracia em diálogo com a proposta de Educação para o Desenvolvimento Sustentável - EDS protagonizada pela UNESCO. Trata-se, portanto, de debater e explicitar projetos e intenções sócio-educativas e de recuperar a diversidade de visões de mundo, de sociedade e de educação que podemos desejar e construir solidariamente. Para atingir esse objetivo o artigo dialoga com os referenciais teóricos da Ecologia Política e da Tradição Crítica e organiza a reflexão em dois momentos principais: no primeiro formula uma crítica do que considera os aspectos problemáticos da referida proposta e no segundo explora as possibilidades de avançar numa relação entre a educação e a sustentabilidade onde a democracia participativa, a sociedade civil e suas dimensões ética e política sejam contempladas e fortalecidas, lembrando que sustentabilidade é a capacidade que um indivíduo, ou um grupo, ou uma empresa tem de se manterem inseridos num ambiente, sem, contudo, prejudicar este meio, capacidade de usar recursos naturais, e de alguma forma, devolvê-los ao ambiente através de práticas desenvolvidas para este fim, é importante saber que o uso de práticas sustentáveis na vida de cada indivíduo é um fator decisivo para sobrevivência da humanidade, e para que continue existindo recursos naturais.
A visão de Paulo Freire a respeito da Educação e da sociedade capitalista vai ao encontro das críticas presentes no texto de Gustavo Ferreira, uma vez que para este autor o discurso sobre sustentabilidade, educação sustentável, proferidos pelo Estado e pelas organizações não são coerentes com a realidade, ou melhor, com suas ações que se mostram superficiais, não “atacando” as desigualdades sociais (fala-se muito e pouco se faz), entre outros graves problemas enfrentados pela humanidade.
O Mestre Paulo Freire, em sua obra Pedagogia do Oprimido, nos mostra que uma sociedade é livre quando há a extinção da relação de opressão estabelecida no sistema capitalista. Para Paulo Freire, a libertação dos opressores é consequência da movimentação e conscientização dos oprimidos, sendo o elo propulsor para construir uma sociedade de iguais – uma sociedade sustentável em todos os aspectos. A educação integral, libertária, progressista, proposta por Freire, tem o papel central de levar o oprimido a tomar consciência de sua situação e buscar a própria liberdade bem como a de seu opressor. Para tal, propõe que o educador conheça em profundidade cada comunidade que irá educar, conheça a realidade e as palavras que são significativas para cada grupo de pessoas.
A eco pedagogia é uma pedagogia da vivência cotidiana com o outro, portanto, democrática e solidária. A pedagogia tradicional centra-se na espiritualidade, a pedagogia da escola nova, na democracia e a tecnicista, na neutralidade científica. A eco pedagogia centra-se na relação entre os sujeitos que aprendem juntos “em comunhão” na expressão de Paulo Freire. A eco pedagogia é um movimento que ocorre muito mais fora da escola do que dentro dela, tentando suprir uma lacuna que a educação ambiental deixou ao se limitar ao ambiente externo, ao deixar de confrontar os valores sociais e ao não por em questão o aspecto político da educação e do conhecimento. A sustentabilidade é um princípio reorientador da educação e principalmente dos currículos, objetivos e métodos. A educação sustentável não se preocupa apenas com uma relação saudável com o meio ambiente, mas com o sentido mais profundo do que fazemos com a nossa existência, a partir da vida cotidiana. A pedagogia do oprimido de Paulo Freire alertava que há mais de 40 anos que os sistemas de vida da Terra estavam sofrendo grandes estragos a ponto de perderam a capacidade de sustentar a vida no planeta. “Se quisermos adotar uma pedagogia que produza valores de sustentabilidade, o pensamento de Freire deve ser estendido para incluir a libertação do mundo natural”. Paulo Freire cita: “A consciência do opressor tende a transformar tudo a seu redor em um objeto de sua dominação. A terra, a propriedade, a produção, as criações das pessoas, as próprias pessoas, o tempo – tudo é reduzido à condição de objetos a sua disposição”. Paulo Freire tinha essa consciência alargada do mundo, como podemos constatar no mesmo livro (FREIRE, 1975:94) quando afirma que “o amor é compromisso com os homens. Onde quer que estejam esses oprimidos, o ato de amor está em comprometer-se com sua causa”. Conclui-se que “este modelo curricular é essencial se quisermos fornecer aos estudantes o conhecimento, as habilidades e a consciência crítica necessária não apenas para a justiça ou a eficácia social, preocupações importantes da teoria curricular, mas também para a realização da verdadeira liberdade, comunidade e sustentabilidade da Terra e suas formas de vida”.
Portanto, consideramos que a concepção de Educação de Paulo Freire é a Educação Ambiental proposta por Gustavo Lima, é àquela que pode contribuir de forma eficaz e eficiente para a construção da Sociedade do futuro - uma sociedade mais justa, onde os valores éticos, de cooperação, de respeito, solidariedade faça parte da vida de todos, e o cidadão esteja desperto para a valorização de si mesmo e do outro, para que suas ações sejam a favor da VIDA e não o contrário. Os textos em análise remeteram-nos de imediato ao texto poético de João Cabral de Melo Neto, que nos faz refletir que, no contexto da Educação, um “único canto não é capaz de trazer luz e anular a escuridão é necessário que o galo convoque todos os demais, para que juntos possam tecer “a manhã”, metaforicamente representando “ O AMANHÔ, numa clara alusão ao FUTURO.
Tecendo a Manhã
João Cabral de Melo Neto

Um galo sozinho não tece a manhã:
ele precisará sempre de outros galos.

De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro: de um outro galo
que apanhe o grito que um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzam
os fios de sol de seus gritos de galo
para que a manhã, desde uma tela tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.

E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.

A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão".

Grupo Odisséia








Grupo: Aplicados e Vitoriosos

Projeto Interdisciplinar

Políticas Educacionais

Partindo do pressuposto que a vida do homem nesse planeta não se limita a sua relação com o ambiente, mas com todos os outros seres vivos entre si e, não só na esfera homem/natureza, mas numa visão ampliada, também em outras tantas relações de caráter social, educacional e econômico; nos deslocamos do nosso comodismo para compreender o completo sentido de sustentabilidade.

Mesmo com tantos congressos, fóruns e reuniões com líderes de boa parte do mundo e eventos ambientais internacionais, há sempre a nítida incompatibilidade entre economia e sustentabilidade. E diante das iniciativas já tomadas, é permanente a necessidade de algo mais e melhor e verdadeiramente eficaz.

Somente com uma educação onde não se menosprezasse o termo meio ambiente reduzindo-o unicamente à natureza, pois que dessa forma tem-se um olhar velado da questão e despreza-se as dimensões políticas, éticas, culturais e sociais, é que daremos início a qualquer mudança no que atualmente está posto. Nesse processo, não bastam mudanças comportamentais e algumas até tecnológicas diante de problemas tão complexos e que parecem recair unicamente sobre os cidadãos de forma individualizada.

O que está sempre em relevo são iniciativas de pequenos grupos, às vezes, ONGs, mas que não dão conta da grandeza do problema. Porém, não podemos esquecer que o estado representa ou deveria representar a vontade da maioria sobre a vontade individual e que possui forte influência sobre a Educação, portanto não é impossível que sejam traçados objetivos que permitirão pôr em prática estratégias para uma educação não só para a sustentabilidade, mas por esta.E num alcance muito maior.

Utopia ou não o percurso seria através de uma "Educação com autonomia e pensamento crítico. Educação enquanto prática de liberdade".

Não educar para a sustentabilidade como um "adestramento" com um único propósito, mas que a educação tivesse um perfil reflexivo,questionador, opinativo, participativo, crítico. Num aprendizado que gere mudanças dando verdadeiro significado à prática educativa.


Em "A Pedagogia do Oprimido", Paulo Freire propõe uma pedagogia libertadora, com uma educação voltada para a conscientização da opressão, fazendo com que ela se torne uma ação transformadora. Essa concicentização é extremamente importante para que haja educação de sustentabilidade. É preciso reafirmar valores. Sejam eles de ética, moral, integridade e justiça. É preciso entender a relação do homem com o meio, seu contexto atual, sendo local e também global, pois eles são conectados e crescem ao olharmos para ele num contexto mundial. Paulo Freire acreditava que a relação entre os homens definia o mundo. Portanto, a educação é o principal instrumento de libertação do homem. Libertação do senso comum, uma nova visão do mundo, sendo extremamente necessária na educação de hoje em dia para resgatar o homem dentro do processo educacional. É através da educação que se valoriza e se preserva a visão do mundo, e com isso, que se desenvolvam ideias sustentáveis e de cidadania.

Já existe uma consciência ecológica, embora ocorrendo de maneira ainda precária, mas o que prevalece é a presunção errônea de que nossos recursos naturais são inesgotáveis, dando margem à política do usufruto desmedido e imediato, sem preocupações quanto ao empobrecimento ou exaustão. A consciência ecológica, existente em nosso país de forma difusa, deve ser fruto da prática social e das condições existenciais de cada grupo. Qualquer mobilização nesse sentido precisa ser feita com intenção planejada, levando a população a um posicionamento em relação a fenômenos ou circunstâncias do ambiente. Por outro lado, a realidade ambiental, sendo dinâmica, mutável e socialmente exercitável, requer para si um tipo especial de educação, que necessita de vários instrumentos para produzi-la e o Estado é o principal deles. Voltando a Paulo Freire, a escola deve ter uma função claramente conscientizadora, um posicionamento mais nitidamente político. Nela, o essencial é partir das aspirações do povo e do que o educador junto com o povo encontram como suas necessidades. A escola tem, originariamente, um sentido político. Mas a mera discussão das questões originadas do povo pode gerar a consciência mas não a transformação necessária. É preciso, então, que a escola seja agência de apoio à definição e à busca da identidade do povo (e de cada comunidade) e que seja, ainda, instituição apta a auxiliar o povo a apropriar-se de instrumentos capazes de lhe permitir a participação na sociedade. É na sociedade que se prepara o adulto e o cidadão com um trabalho sistemático e sedimentado ao longo de mais ou menos anos de escolaridade, adulto esse consciente de suas próprias condições existenciais e do grupo social a que pertence. A necessidade de uma mobilização em prol da valorização dos recursos naturais e da integração do indivíduo e das comunidades ao meio ambiente tem caráter inadiável. É preciso acreditar que nós possamos "mudar o mundo"!

Grupo SOL:

Júlia Gama

Maria Fernanda Fagundes

Renata Luna

Roberta Pellicano

Sandra Araújo

Váleria Lavall


Depende de Nós!!!


Projeto Interdisciplinar


Políticas Educacionais










Grupo Depende de Nós:
Ana Cristina Oliveira Lemos
Karina Cançado Valério





1) O QUE O É SUSTENTABILIDADE?




Sustentabilidade é um conceito que possui uma abrangência em diversas dimensões , mas em breves palavras , podemos defini-la como a capacidade de conseguir prover as necessidades das gerações presentes sem comprometer a capacidade das gerações futuras em garantir suas próprias necessidades. A sustentabilidade tornou-se um tema gerador importante e urgente neste início de século. Um projeto mundial,social,educacional, político, econômico e desafiador para o ser humano e o planeta. Uma reflexão para a humanidade procurar compreender as relações entre sustentabilidade, política e a educação. A cultura de sustentabilidade é mundial. Para Paulo Freire a conscientização como conceito nuclear é compreendido para aprender a ter sensibilidade, e percepção crítica das contradições sociais, econômicas e políticas, no universo onde o oprimido está inserido e posicionar-se como agente transformador contra os elementos opressores da realidade. Os conflitos de interesse consequencias da globalização competitiva leva de forma inevitável dentro do âmbito da sociedade do consumo. O meio ambiente e a política precisa de práticas ligadas ao social com sentido pedagógico para esta questão real que estamos vivendo: a questão ambiental. Através de alguns processos e práticas políticas podemos proporcionar mudanças sobretudo,no meio ambiente.



2) É um conceito claro para todos?



Encontra-se incutido no artigo 225 de nossa Carta Magna, capítulo VI -Título - Do Meio Ambiente, o conceito de sustentabilidade. Art. 225 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. Portanto o zelo com o meio ambiente está em forma de lei, que responsabiliza o poder público juntamente com a coletividade para assumirem atitudes sustentáveis, mas apesar da palavra sustentabilidade ser muita empregada, quase como um “modismo”, seu verdadeiro conceito não chega ao entendimento de todos. Espera-se então que Estado através de políticas públicas com eixo ambiental, ofereça à coletividade medidas que possam viabilizar a autêntica sustentabilidade. Mas não é a realidade atual. Desse modo, não vivenciamos a prática dessa sustentabilidade , e a deturpação do conceito da mesma em alguns programas, torna-se notória, pois o que é evidenciado é o lado econômico em detrimento da palavra em “moda”, a sustentabilidade. Diante do interesse quase exclusivo na área econômica, a efetiva aplicabilidade da sustentabilidade, torna-se improvável. O prisma sustentável deveria abranger não apenas a dimensão a econômica, mas a social, a ecológico, a cultural, a político, a espiritual, a educacional, não podendo considerá-las separadamente, buscando uma interação entre as dimensões. A falta de entendimento da coletividade em relação ao efetivo conceito de sustentabilidade, interessa aos que estão no poder, e segue em seu modelo capitalista com ausências de programas que auxilie e criem valores que habilitem as pessoas de todas as idades a assumirem a responsabilidade pela criação e o usufruto de um futuro sustentável. Segundo Paulo Freire “ ... educação pré-fabricada que garante a subordinação do oprimido ao opressor e solidifica a sua perpetuidade. A Educação libertadora não pode e não deve subordinar-se aos interesses do opressor. Destarte, o conceito pré-fabricado da sustentabilidade garante a subordinação da coletividade ao Estado e solidifica seu interesses e conseqüentemente seu poder. A educação é o pilar de qualquer mudança social, necessário se faz, a elaboração de políticas educacionais que possam nortear a educação libertadora para construção de uma sociedade sustentável.




3) E o que seria a educação para a sustentabilidade?




Um dos grandes desafios atualmente, a sustentabilidade - é tirar o conceito que parece ser abstrato e transformar em uma realidade para todos. Desde 1999, já existe no arcabouço jurídico brasileiro, a lei específica que fala da educação ambiental, cujo entendimento encontra-se no artigo 1º da lei 9.795/99, veja : Art. 1º Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. A formalidade se faz presente, a educação ambiental é lei, mas sua concretização em níveis satisfatórios não foi alcançados e assim apresentam resultados inexpressivos, a ponto de criarem outra forma de chamarem atenção a sustentabilidade, a educação para sustentabilidade. O escopo de ambas é para um futuro sustentável. A educação ambiental deve marcar sua nova função social na educação. Como responsável pela transformação como um todo, em busca de uma sociedade sustentável. Segundo Paulo Freire, a Educação é uma força subversiva. De uma forma muito particular pode-se afirmar, que a Educação é, ao mesmo tempo, subversiva e libertária. A verdadeira Educação é uma prática libertadora e exige que o oprimido apreenda e intervenha para transformar a realidade na qual está inserido. Educar para sustentabilidade é buscar essa liberdade reflexiva diante dos problemas ambientais, fomentar atitudes pro- ativas, se desvencilhando de um postura de “adestramento ambiental”. É não fazer do ato de educar um ato de depositar, Segundo Paulo Freire, eis aí a concepção “ bancária” da educação, em que a única margem de ação que se oferece aos educando é receberem os depósitos, guardá-los e arquivá-los. Educar para sustentabilidade é mudar o paradigma da educação. É definir políticas públicas que incorporem a dimensão ambiental e como isso adotar novas políticas educacionais. Demonstrando que a conscientização por meio da educação deverá envolver todos indistintivamente . O conceito de Paulo Freire nos remete a “Conscientização” ,compreendido como aprender a ter sensibilidade e percepção crítica das contradições sociais, econômicas e políticas, no universo onde o oprimido está inserido e posicionar-se como agente transformador contra os elementos opressores da realidade. “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”, Portanto para que a tão utópica conscientização seja desenvolvida na sociedade , é mister que o processo de educação ambiental seja efetivamente engendrado e que as suas políticas públicas sejam pautadas no respeito à coletividade, a formação de valores e princípios com propósitos de emancipar pessoas por meio de críticas às ideologias que promovem a desigualdade social. Educar para a sustentabilidade é educar para mundo possível de se viver, para encontrar nosso lugar na história, no universo. É educar para a paz, para os direitos humanos, para a justiça social e para a diversidade cultural,uma educação para a consciência planetária.Começar a educar as pessoas hoje para vivermos num mundo melhor amanhã, principalmente nossos filhos. Mas esse tipo de educação ainda não está nada explorado pelos governantes. Uma educação como centro de estudos para uma melhor consciência do ser humano. Com uma sociedade imposta pela globalização precisamos de uma emergência no que se diz respeito sustentabilidade, precisamos de práticas que envolvem o meio ambiente e a educação. Com os conflitos de interesse da política em que vivemos, é um desafio para a educação encontrar diversas maneiras de se educar para a sustentabilidade, mas não podemos esquecer que nós cidadãos somos responsáveis também por essa mudança e educação, constituimos uma única nação,e a sobrevivência do planeta e nosso também,por isso precisamos de equilíbrio do ser humano com o universo. Uma luta ecológica. Segundo Paulo Freire em Pedagogia do Oprimido: ‘Um tipo de educação que "treina" as pessoas para ser consumidoras úteis, egocêntricas, para ignorar as conseqüências de certos atos perversos”.


Bibliografia:


Texto: “EDUCAÇÃO E SUSTENTABILIDADE": Possibilidade e falácias de um discurso” - Gustavo Ferreira da Costa Lima

Livro: “Pedagogia do Oprimido” - Paulo Freire

Apostila Políticas Educacionais -"Capítulo I”- Conceituação Básica

quarta-feira, 15 de setembro de 2010












                          
            Formação do Consumidor Consciente





Compreender a necessidade da reciclagem e assim diminuir o consumo.

                        Reciclagem

     Reciclar é reaproveitar materiais orgânicos e inorgânicos para serem utilizados novamente.
    Mas o que é material orgânico e inorgânico?
    Qualquer coisa que tem origem animal é considerado material orgânico. E tudo que não tem origem biológica é considerado material inorgânico.
    Os alimentos, por exemplo, são considerados materiais orgânicos. As sobras destes alimentos como as cascas de legumes e frutas que vão para o lixo da cozinha, também são considerados materiais orgânicos e podem ser reaproveitados em sopas, bolos, etc. Este lixo pode ser transformado em adubo.

   Os adubos são fertilizantes utilizados na terra para enriquecer os solos onde estão as plantações. Olha que legal! Utilizamos alimentos para fazer mais alimentos! Este é o espírito da reciclagem: transformar, processar o lixo, para ser utilizados novamente.
         Os materiais inorgânicos como: garrafas pet, garrafas de vidro, latas, borracha, entre outros, também podem ser reciclados. Neste caso é muito comum que se reutilize o próprio material, ou seja, latas de refrigerante são processadas e transformadas em novas latas, assim como as garrafas de vidro também são preparadas de forma a serem reutilizadas.
         Para colaborar com o processo de reciclagem, o lixo é separado em quatro latas diferentes: amarelo – metal; azul – papel; verde – vidro; vermelho – plástico.


Grupo: Aplicados e Vitoriosos
Bruno Gonçalves de Mello
Raquel Barboza Gonçalves
Rosane Pessoa V. de Gouvêa
 Sandra Maria F. Cardoso




Políticas Educacionais











“O desenvolvimento sustentável satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade de as gerações futuras poderem também satisfazer as suas.”

Relatório da Comissão Brundtland






No ensaio “Educação e Sustentabilidade: possibilidades e falácias de um discurso”, o autor Gustavo Ferreira da Costa Lima lembra que o conceito é objeto de uma luta simbólica por forças e interesses “que disputam entre si o reconhecimento e a legitimação social como ‘interpretação verdadeira’ sobre o tema”. E propõe uma série de perguntas para analisar os vínculos que ambas postulam entre os dois temas, no processo em curso de reavaliação das práticas tradicionais de educação ambiental.

Em Pedagogia do Oprimido, Paulo Freire faz referência à opressão contida na sociedade e na construção do modelo educacional. Esta opressão se caracteriza pela aceitação dos oprimidos sobre o que lhes é imposto, muitas vezes por medo da mudança ou desinformação do direito de se conscientizarem e manterem atitudes transformadoras em seu desenvolvimento, sendo assim transformadores de suas realidades diante do mundo em que vivem, realizando assim a pedagogia da libertação. Ao dedicar-se à educação popular, de trabalhadores, especialmente camponeses, homens e mulheres do campo, afeitos ao manejo rural, ligados à terra, ele estimula uma consciência, acima de tudo, de interação e convivência harmônica entre todos e seu meio. Paulo Freire traz uma abordagem eco-pedagógica em sua obra, que se expressa na capacidade de fazer de cada um responsável pela transformação da sua realidade, inclusive do ponto de vista ecológico. O que se vê hoje é a terra, o planeta como grande oprimido; fala-se em uma pedagogia da Terra. Diante disso, desses tantos conceitos de sustentabilidade, o sistema educacional precisa analisar quais os significados e implicações entre educação e a sustentabilidade.

Há muito tempo o modelo de ensino das escolas é de um sistema dividido em disciplinas, as quais não estavam interligadas e cada uma tratando somente de sua área específica, sem se preocupar com mais nada além da sua atuação, sem um olhar sustentável para a vida de uma geração futura. Surgiu então a necessidade de se preocupar com o ambiente, pois ele já estava dando sinais de socorro e nada melhor do que a educação para promover mudanças nas pessoas.
O conceito de sustentabilidade vai propor um novo modo de pensar e de agir em relação ao meio ambiente e ao nosso futuro, aspectos sociais, econômicos e culturais devem ser levados em consideração, pois são importantes para a nossa reflexão. Nada melhor do que a Educação para promover esse conceito junto às crianças, que deve ser aplicado desde cedo, para que as mesmas possam crescer já acostumadas a atuar no meio ambiente, conservando-o para si e para as gerações futuras.
A Educação para Sustentabilidade vai promover uma consciência crítica, promovendo questionamentos que vão permitir descobertas, que existe um meio ambiente, que fazemos parte dele e que, se esse ambiente está doente, nós também estamos e temos que fazer algo para que isso mude. Ela vai permitir mudanças de valores, de posturas, de comportamentos e desenvolver o espírito crítico necessário ao desenvolvimento social permitindo que as nossas necessidades de agora sejam atendidas sem prejuízo das
necessidades das gerações futuras.





EDUCAÇÃO, CONSCIÊNCIA SOCIAL E SUSTENTABILIDADE





Partindo da reflexão do autor, podemos perceber que a questão ecológica sofre uma evolução ao longo do tempo, como expressão de um "discurso" que se pretende ser reconhecido como verdade sendo apropriado pelo poder capitalista, como maneira articulada de amenizar os efeitos que uma postura ecológica correta, acarretaria para a voracidade do sistema. Assim, podemos verificar que desde os anos 70, do século passado, houve um esvaziamento do conteúdo emancipatório dos conceitos iniciais, onde as questões ecológicas estavam também preocupadas com a superação das desigualdades sociais entre os países ricos e pobres, e as consequentes marginalização e dependências dos povos criticando o modelo de desenvolvimento ocidental. O resultado desse processo de apropriação e esvaziamento dos movimentos ecológicos,fez surgir o discurso da sustentabilidade definida como um tipo de desenvolvimento que "responde as necessidades das gerações presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras atenderem sua próprias necessidades.



Considerando as contradições inerentes ao sistema capitalista, o autor aponta que o conceito de sustentabilidade apresenta diversas leituras, segundo os interesses de grupos antagônicos que lutam pela hegemonia de seu significado de sustentabilidade, a partir de sua posição e visão de mundo. As diversas posições são agrupadas, entretanto, em duas grandes matrizes, quais sejam: a matriz oficial e a matriz complexa. A oficial, originária dos trabalhos da comissão de Brundtland (1982), postula articulação do desenvolvimento econômico com a preservação ambiental, tendo o mercado como condutor do processo de desenvolvimento sustentável através de tecnologias limpas, controle do crescimento da população garantindo a produção e consumo com orientação ecológica.Já a matriz complexa, retoma as críticas do movimento ecológico, atacando o modelo de desenvolvimento ocidental, incluindo como essencial ao processo de sustentabilidade a superação das desigualdades sociais, o respeito pela vida, as diferenças culturais, os valores éticos...com a participação da sociedade civil na luta por um futuro viável.



Contudo, este é um conceito que não é claro para todos, pois muito se fala em meio ambiente, deixando de lado as questões econômicas e sociais, estando elas intimamente ligadas e sendo impossível desassociá-las. Sendo assim, não podemos falar em sustentabilidade sem falarmos de desenvolvimento social e meio ambiente seguro para a existência do ser humano, já que a relação homem-meio ambiente vai além de preservar o verde.



Então, um desenvolvimento sustentável, deve ter em mente um projeto economicamente viável, socialmente justo, ecologicamente correto e culturalmente aceito.



Atribuindo-se esta falta de claridade à uma política educacional ineficaz e à uma política economica-social sem comprometimento com a classe menos favorecida. Porém, quando viver com dignidade, não for mais privilégio de poucos, e, sim, de todos, teremos uma sociedade mais justa, mais consciente e mais capaz de realizar ações responsáveis para com seu próximo e com o meio em que vive.



Sabendo que sustentabilidade é uma palavra chave na busca de um novo sistema de valores, um novo paradigma civilizatório, temos que ter em mente que a grande tarefa da Educação é desenvolver consciência hoje para que as gerações futuras tenham o direito de dispor dos mesmos recursos naturais que nós, e que compreendam que deixaremos um legado para os que virão.Cada pequeno gesto, cada ação aparentemente insignificante, repercute de forma mensurável e significante na economia da Terra. É tarefa da educação denunciar o esgotamento de um modelo suicida e sinalizar novos rumos para a sociedade, tendo a sustentabilidade como promessa para o desenvolvimento. A escola é o ponto de partida dessa viagem. por isso, é urgente que incorpore, desde já, a variável ambiental, do contrário, será tarde demais. Aos professores, o prazer do desafio. Aos alunos, o sabor da descoberta. à Escola, o resgate de um espaço no qual a vida precisa ser compreendida na sua inteireza e complexidade.



Essa educação para sustentabilidade deve ser apresentada para os alunos de forma que os mesmos avaliem , descutam e conheçam os argumentos favoráveis, para que possam julgar por si próprios as questões em debate.



Por isso, a importãncia de Educar para a sustentabilidade, pois um indivíduo educado, de posse do conhecimento, do esclarecimento, da consciência crítica, enfim de tudo que a educação é capaz de transformar no homem, é que este assume e interioriza conscientemente sua essência humana.



Assim sendo, é através da educação, que o homem organiza e constrói seu pensamento, seu senso crítico, levando-o a se comportar com o meio de forma responsável, objetivando uma melhor condição de vida dele e de todos os seres deste planeta, na certeza de uma longa existência.


Grupo: EDUCAR, É TUDO....

Por Claudia das Chagas Meireles, Agnaldo Wanderley, Angela Parrilho, Bruno Gawryszeski,Beatriz Guimarães,Daniel Haack e Silvia Cavalcanti

EDUCAÇÃO & SUSTENTABILIDADE



Discorrer sobre o tema Educação nos dias atuais, e, principalmente, no Brasil, não é tarefa das mais fáceis. Aprofundar tal tema, considerando a questão Educação para a Sustentabilidade se torna extremamente difícil, considerando vários fatores. Primeiramente devemos ter em mente que as Políticas Educacionais existentes no Brasil, até o presente momento, não surtiram os efeitos desejados.
A Educação, direito constitucional e básico de todos, fica relegada a interesses políticos, que mudam juntamente com os mandatos, não gerando, dessa forma, continuidade e transparência no que se quer, verdadeiramente alcançar. Este é o maior entrave ao sucesso .As políticas deveriam ser direcionadas a solucionar amplamente os problemas existentes, tais como evasão escolar, analfabetismo e analfabetismo funcional, dentre outros.
Os problemas ligados a Educação no país, tem, realmente, uma forte ligação com o discorrido por Paulo Freire, em sua obra “Pedagogia do Oprimido”. De acordo com Freire, a libertação ocorrerá no momento em que a Educação mudar o seu foco de ensino, onde todos, professores e alunos, trocarão experiências, vivências, de maneira que esses últimos alcancem uma consciência crítica e noção exata de seu lugar no mundo e na sociedade.

Sustentabilidade é um dos conceitos mais discutidos em diversas áreas da sociedade atual, sendo nada mais do que continuidade, o que significa que não pode deixar de pensar nos atos praticados no presente como conseqüência para as futuras gerações.
A preocupação com a defesa do meio ambiente envolvendo questões econômicas do planeta deu origem ao termo sustentabilidade. Projetos sustentáveis, estão intimamente ligados com a responsabilidade social, valorizando e recuperando todas as formas de capital – humano, natural e financeiro para gerar lucro. Um projeto sustentável deve considerar se ele é economicamente viável, socialmente justo, ecologicamente correto e culturalmente aceito.


O Conceito sustentabilidade vem se aprimorando. Em seu texto, Lima cita que as questões do meio ambiente foram se unindo as questões econômicas e sociais “Incorporando ao debate inúmeros aspectos que constituem as relações entre sociedade e seu ambiente.” Mesmo assim, apesar de fazer parte de uma linguagem comum, tal idéia ainda não é clara para todos, ela ainda está muito relacionada às questões ambientais.


Em relação ao tema Educação para a Sustentabilidade, acreditamos que este deve ser tratado em seu âmbito maior, tendo como objetivo a conscientização dos alunos para os problemas atuais, que envolvem o dia a dia de todo mundo.
É necessário que, como bem abordou Lima “as salas de aulas e seus professores, mudem o discurso e suas estratégias.”
Não basta chegar ao ambiente de ensino com um discurso pronto, passando-o aos alunos. É necessário uma análise crítica de todo o assunto abordado, fornecendo ferramentas, de forma que o aluno, ao receber a informação, possa com os instrumentos adquiridos formar sua própria linha de pensamento, e não apenas aceitar o que lhe foi passado.
Analisando por esse ângulo, Lima faz uma crítica bastante construtiva do que se observa nas salas de aula, e que vai também ao encontro da análise de Freire. É o que eles, em palavras diferentes chamam de “discurso preparado pelo Poder e que não é discutido, apenas repassado.”
Em seu livro, Freire divide a sociedade em duas classes – opressores e oprimidos. Os opressores determinam os caminhos que os oprimidos devem seguir, e os oprimidos se deixam dominar com facilidade. Esta questão Gadotti faz uma analogia com a questão ambiental de nosso planeta, que tem sido oprimido pelo homem, sujeitando a terra a todos os tipos de exploração, fazendo com que ela padeça.
Não existe mais espaço, nos dias atuais, para o monólogo dentro de um ambiente estudantil. É necessário que a Educação se desfaça de antigos conceitos e dogmas, e se adote novas práticas. As Políticas Educacionais não devem mais enxergar o aluno como um ser a “parte” de todo o processo. É justo que a esse aluno, novo em experiências e conhecimentos, mais sujeito ativo de todo o processo, seja dado a oportunidade de formular questões, criar conceitos e, a partir daí, tirar suas próprias conclusões.
Somente a partir desse momento, com conhecimento razoável das questões que o cercam, é que os alunos, futuros formadores de opinião, poderão exercitar seus aprendizados, estabelecendo novas posturas e condutas diante do mundo em que vivem. Para Gadotti “o Universo não está lá fora, ele está dentro de nós. Um pequeno jardim, uma horta, um pedaço de terra é um microcosmos de todo o mundo natura. Nele encontramos formas de vida, recursos de vida, processos de ida. Nele podemos reconceituar nosso currículo escolar...”
Na realidade, a Educação para a Sustentabilidade está diretamente ligada a Educação para a Vida, pois se ao aluno é dada a oportunidade de construir um raciocínio, entendendo razoavelmente o espaço que ocupa e a necessidade de se fazer opções, se forma, dessa forma, um cidadão consciente.

Referencias Bibliográfica e Webgraficas

Abreu, Carlos - Sustentabilidade? O que é Sustentabilidade - disponível em www.atitudessustentaveis.com.br

Freire, Paulo – PEDAGOGIA DO OPRIMIDO, 17ª Ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987

Gadotti, Moacyr - Pedagogia da Terra e Cultura da Sustentabilidade – disponível em http://www.paulofreire.org/pub/Institu/SubInstitucional1203023491It003Ps002/Ped_Terra_Cultura_Sustentabilidade_2002.pdf

Lima, Gustavo Ferreira da Costa – EDUCAÇÃO E SUSTENTABILIDADE: Possibilidade e falácias de um discurso

(Sem Referencia do Autor) O Conceito Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentável – Disponível no site:
http:// www.catalisa.org.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=30&Itemid=59

GRUPO FOCO PEDAGOGICO:
Ana Maria da Conceição Gonçalves Lopes
Anna Christina Fontenele Martins Bruno
Eliane Maria Guimarães Beltrão
Greice Duarte de Brito

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A sustentabilidade - Gestão para Sustentabilidade - 2o. capítulo




Sustentabilidade
O sentido do termo pode variar de acordo com o contexto social e o momento histórico.
Este pode ser utilizado para definir ações e atividades humanas que tenham como objetivos atender as suas necessidades atuais, sem comprometer as próximas gerações, preservando a biodiversidade e os ecossistemas naturais. Relaciona o desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio ambiente e utilizando os recursos naturais com inteligência.
A sustentabilidade abrange vários níveis de organização, desde a vizinhança local até o planeta inteiro.


É um conceito claro para todos?
O termo sustentabilidade está cada vez mais presente no ambiente empresarial. A definição de sustentabilidade mais difundida é a da Comissão Brundtland (WCED, 1987), a qual considera que o desenvolvimento sustentável deve satisfazer às necessidades da geração presente sem comprometer as necessidades das gerações futuras.
Como dissemos anteriormente o conceito é múltiplo,variável e está em constante evolução. Porém possui ponto comum 3 vertentes. São elas: econômica, ambiental e social conhecidas como botton in line.
•Vertente econômica inclui todas as atividades desenvolvidas com o objetivo de obtenção e elevação de renda sejam elas, individuais ou coletivas, formais ou informais.

•Vertente ambiental ou ecológica estimula empresas a repensarem suas atividades e o seu impacto sobre o meio ambiente e a utilização dos recursos naturais.
•Vertente Social está relacionada vida social condicionamento ao comportamento, experiências , habilidades, nossa visão do mundo que ajudamos a formar.

Educação para sustentabilidade
Provoca a discursão critica dos conteúdos implícitos nos diversos discursos de sustentabilidade e o conhecimento da diferença entre eles.
Educação deve ser a uma prática de liberdade e como tal estimular a autonomia de pensamento crítico.os alunos devem ser estimulados a pensar , julgar e ser comportar por si próprios e não orientados para uma finalidade pré determinada
Devem ser capacitados a tirar suas próprias conclusões
A educação deve ser um processo que estimule a capacidade crítica autonomia e criatividade.O educando deve ser estimulado a resolver problemas e realizar mudanças sociais , políticas e individuais, qualitativamente.
SUSTENTABILIDADE
Este trabalho se inscreve no contexto do discurso da sustentabilidade que, nas duas últimas décadas, vem sendo expressão dominante no debate que envolve as questões de meio ambiente e de desenvolvimento social, despertando preocupações e interesse social, visto que a qualidade de vida humana, em particular, e da vida global do planeta estão sendo comprometidas pelo esgotamento, pelo conflito e pela destrutividade que se expressam na expansão urbana e demográfica, na tendência ao esgotamento de recursos naturais não renováveis, no crescimento acentuado das desigualdades sócio-econômica, que alimentam e tornam crônicos os processos de exclusão social, na perda da biodiversidade e na contaminação crescente dos ecossistemas terrestres.
Sustentabilidade é a capacidade de um indivíduo, grupo de indivíduos ou empresas e aglomerados produtivos em geral; têm de manterem-se inseridos num determinado ambiente sem, contudo, impactar violentamente esse meio. Assim, pode-se entender como a capacidade de usar os recursos naturais e, de alguma forma, devolvê-los ao planeta através de práticas ou técnicas desenvolvidas para este fim.
Para a grande maioria das pessoas esse não é um conceito claro, pois muito se fala em sustentabilidade, em todo lugar, a toda hora, mas ninguém sabe exatamente o que isso significa. Profissionais e empresas abordam o tema de acordo com o interesse e a visão de seu negócio, mas ninguém apresenta um discurso unificado, que considere toda a complexidade envolvida no conceito. Alguns acham que sustentabilidade se resume em cuidar das árvores, da natureza, não jogar lixo na rua, não realizar queimadas, mas o assunto é muito mais amplo e profundo.
Uma forma de explicar melhor a sustentabilidade seria através da educação, no processo de sensibilização para a questão ambiental e na reivindicação de iniciativas sociais voltadas para a preservação socioambiental, desenvolvendo iniciativas teóricas e práticas renovadoras que se empenham em superar a herança proveniente das ciências naturais, quanto às visões reducionistas e politicamente conservadoras através da nova proposta de educação para a sustentabilidade ou educação para o desenvolvimento sustentável. Só a libertação para a educação, feita pela movimentação e conscientização, poderia ser o elo propulsor para construir uma sociedade de iguais. Neste sentido, a educação aparece com o papel central para efetivar o pensamento, pois através de uma educação libertária, poderia tomar consciência de situações e buscar a liberdade. Para tal, propõe que o educador conheça em profundidade cada comunidade que irá educar, conheça a realidade e as palavras que são significativas para cada grupo de pessoas. Desta forma, as palavras que serão ensinadas na escrita e na leitura, são justamente as que fazem parte do cotidiano destas pessoas.
Assim, acreditar que ao conhecer a sua palavra e transformá-la em ação e posterior reflexão, passaria de um estágio ingênuo para um estado consciente de sua situação social e tentaria suplantá-la.

Grupo: Futuras Pedagogas Brilhantes
Componentes:Dinair,Edviges,Pasqualina,Valewska e Vívian

Políticas Educacionais - Educação para a Sustentabilidade

1- O que é Sustentabilidade?


Desenvolvimento sustentável é definido como “aquele que responde às necessidades das gerações presentes sem comprometer a capacidade das gerações futuras atenderem suas próprias necessidades” (BRUNDTLAND, 1991).

É fácil definir sustentabilidade: é a capacidade de ser sustentável.

Esse é um conceito que pode ser aplicado em relação à atuação humana frente ao meio ambiente em que vive. Entendemos que sustentabilidade é a capacidade que um indivíduo, grupo de indivíduos ou empresas e aglomerados produtivos em geral; têm de manterem-se inseridos num determinado ambiente sem, contudo, impactar violentamente esse meio. É a capacidade de usar os recursos naturais e, de alguma forma, devolvê-los ao planeta através de práticas ou técnicas desenvolvidas para este fim.
Mas como a relação humana com o meio ambiente, não envolve somente o aspecto natureza, é preciso um olhar consciente sobre outros fatores sociais, como: saúde, segurança, controle de natalidade, crescimento populacional, educação, distribuição de renda e principalmente desenvolvimento responsável.
Não é possível colocar em prática a sustentabilidade, sem medidas que atuem efetivamente sobre todos os fatores que envolvem a relação do homem com o meio ambiente.

2- É um conceito claro para todos?

Não é um conceito claro para todos, pois os discursos giram em torno de políticas sustentáveis, mas a prática gira em torno do capitalismo, a lei do mais forte sobre o mais fraco.
Os países desenvolvidos, almejam crescer ainda mais, acumular riquezas e progresso. Os países em desenvolvimento, não querem parar, pois o mercado é competitivo. Todos querem abocanhar uma fatia cada vez maior do mercado consumidor.
São poucos os esforços por parte das instituições governamentais e privadas, para conciliar o crescimento econômico e a participação social num projeto de sustentabilidade.
O caminho seria desenvolver uma democracia participativa que possibilite estabelecer relações políticas mais horizontais, onde os cidadãos tenham acesso aos direitos básicos, habilitando-os a participar ativamente de forma voluntária e consciente, na construção social.

Tarefa difícil, pois, vivemos em uma sociedade dividida e marcada pelas desigualdades.Os valores consumistas envolveram toda à sociedade, conduzindo-a a ações individualistas, utilitaristas, que aumentaram a competitividade, associando realização ao materialismo. Essa inversão de valores( crise ético-cultural), contribui fortemente para o aumento da violência, da corrupção, do consumo e
tráfico de drogas e arma, afastando as novas gerações de qualquer conceito de sustentabilidade.

3- O que seria educação para a sustentabilidade?

Educação para a sustentabilidade se inicia com a conscientização do que é sustentabilidade e sua complexidade.
A ignorância que cega os cidadãos, será transformada com a educação, quando educados se tornarão agentes ativos na transformação do mundo, de forma justa, responsável e consciente. Entendendo que somos parte do meio ambiente.

Vejamos como alguns pontos na educação ainda são falhos:
1- educação ambiental precisa ser interdisciplinar;
2- material didático melhor elaborado, para orientar o trabalho de educação ambiental, incluindo temas sociais, econômicos e culturais;
3- uma visão integrada que aprimore a formação ambiental dos discentes e inclua as questões éticas e epistemológicas necessárias para a construção do conhecimento sobre educação ambiental.

Para que educação para a sustentabilidade vire uma realidade, faltam políticas educacionais que estabeleçam um programa de ação com fins claros a serem alcançados, por sua administração ou gestão. Partindo de um planejamento adequado a cada situação(região, comunidade, grupo...), com pleno acompanhamento, avaliação e replanejamentos constantes.

Educar para a sustentabilidade é passar valores politicamente corretos, economicamente viáveis e ecologicamente responsáveis.

Postado por: Grupo Diamante
Alunas: Vaneli Frizon Franco e Mônica Bassan

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Políticas Educacionais - 2010.2



Nos dias atuais é destacado que a Educação deve ter o seu foco no desenvolvimento sustentado, ou seja, a sustentabilidade é a palavra do momento.

Mas,
1) O que é sustentabilidade?
2) É um conceito claro para todos?
3) E o que seria a educação para a sustentabilidade?

Para ajudar na discussão, leiam os textos disponíveis na biblioteca:

“EDUCAÇÃO E SUSTENTABILIDADE: Possibilidade e falácias de um discurso” de Gustavo Ferreira da Costa Lima

“Pedagogia do Oprimido” de Paulo Freire

E o “capítulo I” da apostila (tendo em vista que este capítulo é básico para a definição e entendimento sobre políticas públicas.)

Após a leitura dos textos, o grupo deve relacioná-los entre si e responder as três perguntas sobre sustentabilidade que aparecem no slide anterior. Embora o grupo não seja obrigado a concordar com o texto do Gustavo, deve, porém, fazer a sua interpretação e crítica.

O espaço AMBIENTE de GRUPO deve ser usado para a troca de opiniões e futura construção do trabalho (texto). Além disso, podem tirar dúvidas no chat ou na aula presencial.
O trabalho deve ser postado no Blog de Políticas Educacionais. Lá, vocês poderão postar textos, imagens, vídeos e charges que estejam relacionados com o projeto.

Bom trabalho!
Professor Antonio Ney / Tutoria da Graduação.