sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

LDB e SUSTENTABILIDADE

Desde os anos 70 a sociedade se depara com a cruel expectativa de tudo que estaria por vir em termos de consequências pelo mau uso dos recursos ambientais do nosso planeta e com o passar do tempo a situação se tornou crítica, quando os governos começaram a demonstrar desinteresse e até mesmo determinação em não tomar medidas que possibilitassem a desaceleração do processo de degradação do meio ambiente.

Através do artigo 26 da LDB vemos que alguns caminhos foram sendo abertos em nosso país através do currículo escolar e apesar de uma base nacional fixa sabemos o mesmo deve conter uma parcela de conteúdo diversificado, respeitando as características culturais de cada região. A partir daí tem sido inúmeros os projetos nas escolas públicas e privadas brasileiras criados no intuito de conscientizar o alunado e a sociedade como um todo da importância de sua participação ativa no processo de preservação da natureza através de ações individuais e comunitárias.São palestras, feiras científicas, passeios pela comunidade, ações de busca e coleta de detrito nas ruas do bairro ou a beira dos rios e lagos, enfim, uma imensa gama de atividades que tem como objetivo alertar a todos sobre a necessidade de mudarmos nossas ações hoje para termos uma vida melhor no futuro. Acrescentamos a isso a valiosa colaboração dos artigos 26-A e 27da nossa LEI DE Diretrizes e Bases, através da qual e se postas em prática adequadamente, teremos para nossa juventude a possibilidade de aprofundar seus conhecimentos sobre a importância das culturas afro-brasileira e indígena e sua real e positiva influência em nosso modo de pensar, ser e agir hoje.A vivência desses conteúdos nos auxiliará,verdadeiramente, conduzindo-nos ao maior conhecimento de nós mesmos, nossas raízes e tradições, e como utilizarmos essa bagagem a nosso favor (a relação harmoniosa e o conhecimento dos segredos da natureza,entre outras possibilidades).

É na obra de Paulo Freire "PEDAGOGIA DO OPRIMIDO" que encontramos apoio para buscar soluções que nos levarão a viver em harmonia com a Terra. Podemos certamente nos reconhecer no papel do homem oprimido, sobrecarregado de falsos conhecimentos e até mesmo, totalmente desconhedor da sua ação poderosa sobre a natureza.Somos a chave para uma nova visão da Terra enquanto portadora da nossa civilização e de todos os meios para garantir nossa sobrevivência com qualidade de vida. Ele nos mostra com clareza que, através de uma pedagogia nova, podemos até chamar de Ecopedagogia (se a conduzirmos de acordo), voltada para o esclarecimento libertador do homem, com ações que visam clarificar e não apenas levar a um pseudo-conhecimento, bem conhecido por nós nas antigas (ainda atuais) práticas da educação bancária, usurpadora das possibilidades libertadoras de troca do conhecimento entre educador e educando, e é através dessa troca, dessa autonomia de buscar, encontrar, mostrar e aprender que nós enquanto sociedade somos oprimidos pelo não saber, ou saber o errado, o falso.

Mas através de Paulo Freire descobriremos também que o "oprimido" é a Terra, esse planeta no qual vivemos e tem sido vítima dos usos e abusos do animal homem, consciente ou não dos efeitos de suas ações sobre ela, a sua casa. Voltamos então ao artigo 26 da LDB, que nos dá toda a oportunidade de mostrarmos aos nossos alunos o que temos feito de mal à Terra e como procurar reverter isso, bem como a necessidade de lutar por isso, pois disso dependerá a sobrevivência do homem na sua casa.

Grupo: Legislação Educacional

AGNALDO DA SILVA WANDERLEY

CAMILA DA CONCEIÇÃO DE MIRANDA

CLAUDIA DAS CHAGAS MEIRELES

SILVIA CAVALCANTI MARQUES GALL OTERO

SONIA APARECIDA DE OLIVEIRA CONDUTTA

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